Cinema Comentado
Neste sábado, dia 21/11, o Cinema Comentado Cineclube prossegue nas discussões sobre o cinema francês exibindo QUEM MATOU LEDA? (1959). O negociante Henri Marcoux tem um caso amoroso com uma bela e jovem vizinha, bem debaixo do nariz da sua esposa Thérèse. A linda filha de Henri, ao conhecer um húngaro fica apaixonada, enquanto o filho voyeur começa a ter liberdades com a amante do pai. Com o amadurecimento das paixões na família, deslumbra-se uma tragédia.
QUEM MATOU LEDA? é o terceiro filme de Claude Chabrol (um dos fundadores da nouvelle vague) e sua estréia no thriller psicológico, inspirando-se no ídolo Alfred Hitchcock. O cineasta aborda um caso criminal com implicações sociais, que leva ao melhor suspense ressaltando, além da intriga, o ambiente em que vivem os personagens – uma classe social que esconde a sua verdadeira face no luxo que pode comprar.
Usando com perícia os flashbacks e vinhetas, Chabrol cria um pertubador enredo de infidelidade, obsessão e assassinato num vinhedo em Provença. Considerado o “mestre do mistério” francês, o diretor constrói uma obra equilibrada entre as perspectivas artística e comercial. Para Luiz Carlos Merten, “a burguesia provinciana, segundo Chabrol, não é apenas mesquinha ou medíocre. Ela abriga monstros cuja verdadeira natureza tende a ficar escondida e até impune, mas cujo instinto primitivo e destruidor sempre termina por aparecer”.
O Cinema Comentado Cineclube acontece todo sábado, a partir das 19h, na sala 44 do Sesc – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). A entrada é gratuita e há sempre um bate-papo após as exibições.
CineSesc
No domingo, 22/11, o CineSesc apresenta VIOLÊNCIA URBANA (1998/2005), seleção de curtas brasileiros que abordam a violência cotidiana e transportam para a ficção as ocorrências policiais dos grandes centros urbanos do país. Dois atiradores de elite se posicionam no terraço de um prédio em São Paulo, aguardando a ordem para executar um seqüestrador. Enquanto esperam o momento de agir, conversas sobre comida e amenidades cotidianas povoam os diálogos de O TRABALHO DOS HOMENS (1998), de Fernando Bonassi. O curta carioca ROTA DE COLISÃO (1999) trata do roubo de pedras preciosas, a partir do envolvimento de três personagens: um operário em sua hora de folga, um garoto e um ladrão em fuga. Com uma dramaturgia ultra-realista, o diretor Roberval Duarte não usa diálogos e brinca com as muitas variáveis para a solução da história.
Inspirado em conto de Marçal Aquino, BALAIO (2004) apresenta um tenso encontro no bar, que envolve matadores, bandidos e policiais. A ambientação lembra os filmes de faroeste, só que a terra-sem-lei dessa fita é o subúrbio paulistano, em pleno século 21. Uma locução radiofônica abre a narrativa de O CÃO SEDENTO (2005), sobre um assassino em série, que rouba e mata sem deixar vestígios. O diretor trabalha com elementos de suspense, revelando apenas ao espectador os subterfúgios do criminoso, enquanto a polícia e os outros personagens continuam em busca de respostas.
Um exercício de montagem interliga os acontecimentos paralelos de BALA PERDIDA (2004), cuja intersecção mais marcante se dá com a presença sonora de estampidos de tiros e de uma buzina de carro. A ação mostra a tranqüilidade numa praça carioca interrompida por disparos capazes de atingir alvos inocentes. Sexo, drogas, rock’n roll e carros em velocidade preenchem o universo adolescente de BASEADO EM FATOS REAIS (2001), curta matogrossense que fecha este painel sobre a violência urbana. A fita recorre a clichês das tramas policiais para contar a história de três rapazes de classe média, cujas vidas são alteradas depois de uma noite de excessos.
O CineSesc acontece em parceria com o Cinema Comentado Cineclube e a Programadora Brasil, apresentando sessões todos os domingos, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros, a partir das 19h (novo horário). O endereço do Salão é Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). As sessões são gratuitas, abertas a todos os interessados, e depois acontece um bate-papo com a platéia sobre o filme apresentado.
Neste sábado, dia 21/11, o Cinema Comentado Cineclube prossegue nas discussões sobre o cinema francês exibindo QUEM MATOU LEDA? (1959). O negociante Henri Marcoux tem um caso amoroso com uma bela e jovem vizinha, bem debaixo do nariz da sua esposa Thérèse. A linda filha de Henri, ao conhecer um húngaro fica apaixonada, enquanto o filho voyeur começa a ter liberdades com a amante do pai. Com o amadurecimento das paixões na família, deslumbra-se uma tragédia.
QUEM MATOU LEDA? é o terceiro filme de Claude Chabrol (um dos fundadores da nouvelle vague) e sua estréia no thriller psicológico, inspirando-se no ídolo Alfred Hitchcock. O cineasta aborda um caso criminal com implicações sociais, que leva ao melhor suspense ressaltando, além da intriga, o ambiente em que vivem os personagens – uma classe social que esconde a sua verdadeira face no luxo que pode comprar.
Usando com perícia os flashbacks e vinhetas, Chabrol cria um pertubador enredo de infidelidade, obsessão e assassinato num vinhedo em Provença. Considerado o “mestre do mistério” francês, o diretor constrói uma obra equilibrada entre as perspectivas artística e comercial. Para Luiz Carlos Merten, “a burguesia provinciana, segundo Chabrol, não é apenas mesquinha ou medíocre. Ela abriga monstros cuja verdadeira natureza tende a ficar escondida e até impune, mas cujo instinto primitivo e destruidor sempre termina por aparecer”.
O Cinema Comentado Cineclube acontece todo sábado, a partir das 19h, na sala 44 do Sesc – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). A entrada é gratuita e há sempre um bate-papo após as exibições.
CineSesc
No domingo, 22/11, o CineSesc apresenta VIOLÊNCIA URBANA (1998/2005), seleção de curtas brasileiros que abordam a violência cotidiana e transportam para a ficção as ocorrências policiais dos grandes centros urbanos do país. Dois atiradores de elite se posicionam no terraço de um prédio em São Paulo, aguardando a ordem para executar um seqüestrador. Enquanto esperam o momento de agir, conversas sobre comida e amenidades cotidianas povoam os diálogos de O TRABALHO DOS HOMENS (1998), de Fernando Bonassi. O curta carioca ROTA DE COLISÃO (1999) trata do roubo de pedras preciosas, a partir do envolvimento de três personagens: um operário em sua hora de folga, um garoto e um ladrão em fuga. Com uma dramaturgia ultra-realista, o diretor Roberval Duarte não usa diálogos e brinca com as muitas variáveis para a solução da história.
Inspirado em conto de Marçal Aquino, BALAIO (2004) apresenta um tenso encontro no bar, que envolve matadores, bandidos e policiais. A ambientação lembra os filmes de faroeste, só que a terra-sem-lei dessa fita é o subúrbio paulistano, em pleno século 21. Uma locução radiofônica abre a narrativa de O CÃO SEDENTO (2005), sobre um assassino em série, que rouba e mata sem deixar vestígios. O diretor trabalha com elementos de suspense, revelando apenas ao espectador os subterfúgios do criminoso, enquanto a polícia e os outros personagens continuam em busca de respostas.
Um exercício de montagem interliga os acontecimentos paralelos de BALA PERDIDA (2004), cuja intersecção mais marcante se dá com a presença sonora de estampidos de tiros e de uma buzina de carro. A ação mostra a tranqüilidade numa praça carioca interrompida por disparos capazes de atingir alvos inocentes. Sexo, drogas, rock’n roll e carros em velocidade preenchem o universo adolescente de BASEADO EM FATOS REAIS (2001), curta matogrossense que fecha este painel sobre a violência urbana. A fita recorre a clichês das tramas policiais para contar a história de três rapazes de classe média, cujas vidas são alteradas depois de uma noite de excessos.
O CineSesc acontece em parceria com o Cinema Comentado Cineclube e a Programadora Brasil, apresentando sessões todos os domingos, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros, a partir das 19h (novo horário). O endereço do Salão é Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). As sessões são gratuitas, abertas a todos os interessados, e depois acontece um bate-papo com a platéia sobre o filme apresentado.