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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

9º Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe

Por Lucas Ruas


O nome do evento confunde? Você não leu errado.

Essa é a nona edição do Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe. O “Primeiro” incluído do nome deve-se ao fato de o Campeonato ser o festival pioneiro do gênero no país.

Em oito edições já realizadas, o festival reuniu um público total de 9.478 pessoas, com uma média de 1.184 pessoas por edição. Passaram pelo palco da Obra e do Lapa Multishow 115 bandas, somando 463 músicos participantes.

O Campeonato chega a sua nona edição, com atrações como La Pupuña, Daddy-o Grande e Ultraje a Rigor.

A onda surfada pelo Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe não para de crescer. Desde que colocou a prancha na água, ainda no século 20, o maior festival de surf music da América Latina se avolumou, ganhou corpo, agregou estilos, evoluiu, ganhou adeptos e chega à nona edição como tsunami global que se estende de Belo Horizonte a Nashville (EUA), do Planalto Central à Croácia, do Pará ao Paraná, da Bahia ao Rio de Janeiro, de Santa Catarina a São Paulo. Serão quatro dias de shows e debates, em dois espaços – A Obra Bar Dançante e Music Hall, ambos na capital mineira. O 9° Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe integra o Conexão Vivo - iniciativa da Vivo voltada ao desenvolvimento do setor musical brasileiro.

Como se inspirou na surf music para nascer, este ano o Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe volta aos primórdios e traz como uma de suas principais atrações os paulistas The Jordans,primeira e mais antiga banda de surf music em atividade no Brasil, tendo lançado o primeiro disco em 1962.

Inspirado no mesmo som que fez a cabeça de Aladinn e sua turma há quatro décadas, volta ao Brasil o norte-americano Daddy-o Grande, um dos guitarristas dos lendários Los Straitjackets. Ele será acompanhado por ninguém menos que os paulistas do Dead Rocks, big riders do surf nacional. Outras atrações seguem a mesma linha, como o Super Stereo Surf, do Distrito Federal.

Se alguns foram direto à fonte, outros beberam a água salgada emanada da Califórnia “aditivada”, seja misturando-a com punk, metal, rock, pop ou música regional, seja lá de que região for. Casos dos baianos do Retrofoguetes, dos mineiros Estrume’n’tal e Proa, dos catarinenses Os Ambervisions, dos paulistas Mullet Monster Mafia e dos cariocas Os Carburadores.

Mostrando que o Brasil produziu sua própria surf music, o Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe apresenta também Pio Lobato, Mestre Vieira e os Mestres da Guitarrada. Há bastante tempo na estrada, eles influenciaram não só o Pará natal, de onde vem também o La Pupuña, mas outros estados e também outros ritmos, como o tecnobrega.


Ultraje a Rigor

Já o Ultraje a Rigor dispensa maiores apresentações. O certo é que o gênero do ícone Dick Dale sempre esteve presente no rock dos paulistas, na ativa desde a década de 80 sem nunca ficar parados no tempo.

Por outro lado, o Gustafi vem da Croácia para mostrar pela primeira vez aos brasileiros como misturou reverb com música dos Bálcãs. Mistura das mais interessantes, como já provaram Mano Negra e Gogol Bordello.

Mas nem só de shows será feito o 9º Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe. Três encontros reunirão músicos, produtores e público para debates sobre a atual cena nacional da surf music e da música independente, em uma ótima oportunidade para expor e conhecer idéias.

E para quem pensou que Minas Gerais precisava de água para entrar na onda e surfar, estava bastante enganado.

Quer saber mais sobre o evento? Clique AQUI e conheça toda a programação.

Observatório Fora do Eixo começa hoje

Por Loris





Começa hoje mais um Observatório Fora do Eixo, que nesta edição abre as portas para uma das frentes que tem se desenvolvido durante o ano, a comunicação.

Com o intuito de promover a troca de conhecimento, experiências – e claro, tecnologias - ação típica deste movimento, o Observatório acontece até o dia 20/11 realizando durante toda a semana debates sobre comunicação que foram divididos entre os eixos “Movimentos da Comunicação Social”, “Rádios e Tv’s Comunitárias”, “Laboratórios de Comunicação Universitária”, “Portais e redes de movimentos livres”, finalizando com “Software Livre”.

O Observatório Fora do Eixo é uma frente gestora da rede de coletivos culturais independentes do país chamado Circuito Fora do Eixo. O principal intuito do Observatório é aprimorar os princípios norteadores do Circuito através de suas frentes gestoras, possibilitando o desenvolvimento cada vez maior dos trabalhos concebidos em rede.

O evento acontece exclusivamente online através da web rádio fora do eixo, msn do grupo e por uma sala de chat exclusiva do Observatório. Confira abaixo a programação e saiba como participar acessando o blog do Observatório Fora do Eixo.

Segunda (16/11)

“Movimentos da comunicação social” – Estudantil, Software Livre, Mídias independentes
1º dia – Abertura/ Introdução
GD – Jonas Valente (Intervozes e Confecom)
GT – Redação – Mediação: Marielle Ramires (Espaço Cubo) e Débora Andrade (Goma Cultural)

Terça (17/11)

“Rádios e TV´s comunitárias/livres/solidárias”
GD -Representante da Abraço
GT – Audivisual – WebTV – Mediação: Felipe Silva (Massa Coletiva) e Talles Lopes (Goma Cultural)

Quarta (18/11)

“Cursos/laboratórios de comunicação universitários”
Comunicação/Cultura/Universidade
GD – Mariana Pezzo – Diretora de Comunicação UFSCar
GT – WebRádio – Mediação: Carol Tokuyo (Massa Coletiva) e Lenissa Lenza (Espaço Cubo)

Quinta (19/11)

“Portais e redes de movimentos livres/alternativos/ independentes/solidários”
GD – Vicente (Coolivre) + Daniel Tygel – (FBES – Fórum Brasileiro)
GT – Assessoria Fora do Eixo – Agência + Fora do Eixo Card – Mediação: Marielle Ramires (Espaço Cubo) e Laura Morgado (Lumo Coletivo)

Sexta (20/11)
“Software Livre”
GD – Sérgio Amadeu
GT – Assessoria Fora do Eixo – Discos + Sonorização – Mediação: Leonardo Brawl (ExtremoRockSul) e Daniel Roviriego (Massa Coletiva)


Rinoceronte é o lançamento de Novembro do Compacto.Rec

Por Loris


O Compacto.Rec apresenta no mês de Novembro o lançamento do primeiro disco da banda Rinoceronte. De Santa Maria (RS), a banda investe numa sonoridade que vai na contramão dos moldes do já estabelecido ''rock gaúcho'' - que geralmente privilegia referências oitentistas e brit-pop - se coloca num espaço que fica entre o rock setentista e o stoner rock contemporâneo, influência comprovada até mesmo na presença de palco dos integrantes da banda.
Além dos palcos, a banda integra as ações do Macondo Coletivo, coletivo integrado ao Circuito Fora do Eixo e que atua desde 2004 na produção cultural independente. Juntamente com as atividades, o coletivo também desenvolve o Festival Macondo Circus e espaços como a Sala Dobradiça, espaço expositivo potencialmente flexível que visa a difusão de propostas visuais de artistas novos, tanto do Brasil quanto do exterior.


O primeiro lançamento da banda mostra amadurecimento em termos de qualidade técnica e estética. O garage/stoner da banda consegue aliar momentos de peso que soam quase heavy metal, com passagens que imprimem uma abordagem mais pop ao estilo. Fechando ainda o disco, há toda a energia rocker de "O Choque", que cumpre o prometido pela banda. O conceito visual da capa foi elaborado pelo coletivo goiano de designers Bicicleta Sem Freio. boas novidades do cenário sulista, a Rinoceronte vem atropelando com seqüências desconcertantes em seus shows, onde o som viceral toma conta e toca até os mais desavisados.


O trio gaúcho também está na Coletânea Fora do Eixo 2009, terá o seu EP primeiramente disponível apenas para download, e será distribuído nacionalmente pela Fora do Eixo Discos. O disco que leva o mesmo nome da banda está disponível no blog do Compacto.Rec.
O Compacto.Rec realiza mensalmente lançamentos virtuais e a banda Rinoceronte é o terceiro lançamento do projeto em 2009. Depois de lançar virtualmente discos de bandas como Madame Saatan (PA), Bang Bang Babies (GO), Filomedusa (AC), Porcas Borboletas (MG), Boddah Diciro (TO), o Compacto.Rec disponibiliza o disco na íntegra no blog do projeto.