por Vitor Stálin
Com um certo atraso, vamos agora contar como foi o evento de lançamento da Demo The Impaler da banda Impalement in Mordor, que contou com a participação da banda Vomer.
Uma noite com os dois maiores expoentes do Trash e do Death Metal montesclarense, sob quaisquer circunstâncias, prometia, e com o lançamento não podia ser diferente. Dia agitado para dar tudo certo, correria para a cerveja ficar gelada, montar o som, limpar o lugar, enfim, ralação para ninguém botar defeito.
E chega a hora. Ora de lembrar os velhos tempos para quem, como eu, era um frequentador assíduo dos chamados “garajões” e para o reencontro da galera que curte metal. Ora também de saudar o novo, o metal que sai de Montes Claros e que promete invadir a cena extrema nacional, e nada mais coeso para materializar esse propósito do que o lançamento de uma demo, nesse caso, intitulada ‘The Impaler’.
Tudo pronto, banda no palco, público ansioso e a Vomer começa a fazer todo mundo headbangear lá na frente. Showzasso, como não podia ser de outra forma em se tratando de Vomer. A galera agitava, gritava, alguns até subiam no palco para bater cabeça com a banda e se jogar de volta, música atrás de música, peso atrás de peso, mas o ápice da apresentação foi mesmo quando Clayton ressaltou a importância da integração entre as bandas daqui, coisa que realmente deixa a desejar algumas vezes. Dessa forma a Vomer prova do que mais do que música eles são atitude, atitude de querer que a cena se movimente cada vez mais.
Sobe então ao palco a Impalement. Nessa hora eu pensava “mais um showzão, como o que eu vi no Metalmoc”. Mas foi melhor, muito melhor, inclusive na parte extra-musical: presença de palco renovada. Tudo na Impalement me pareceu melhor, seja na música, sejam nas falas ou na empolgação do público. Enquanto isso o CD estava sendo vendido na banquinha e, a propósito, é de se ressaltar o trampo e a organização dos caras, o CD estava muito bem produzido, havia um banner da Demo indicando que ali continha o som dos caras e um fundo gigantesco de palco, difícil de se ver uma organização dessas mesmo em bandas já renomadas.
Acaba o evento e fica uma vontade de bater cabeça um pouco mais, creio eu que 50% de quem estava lá saiu rouco de tanto gritar, mas o melhor mesmo foi na satisfação das bandas quando saíram do palco. E é assim que tem que ser, tudo em favor da cena independente e, para o Retomada, foi uma experiência ótima fomentar a cena do metal por aqui.
