Por Vitor Stálin
“Fogo, em terra de boi, é cultuado. Dançante, ardente, perigoso. Quanto mais fomentado, maior. Quanto maior, tanto mais incontrolável. E em terra em que BOI é rei, guerreiro vira aquele que não aceita ser peão em jogo ganho. Se em 2008, na primeira edição do próprio incêndio, o Bigorna dissimulou seu peso, que não se espera a mesma modéstia desta vez”.
É assim que o Coletivo Bigorna começa a sua descrição do Festival Fogo do Cerrado que, em sua segunda edição, acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro, em Campo Grande - MS.
O fogo, tema de tantos deuses em quase todas as culturas mundiais, símbolo tanto do mal quanto do bem, em Mato Grosso do Sul tem uma conotação diferente, um tanto quanto poderosa, fazendo jus a essa pertinente contradição, a leveza, a agressividade, o poder, a beleza, a mutação. Lá, esse mesmo fogo, no cerrado significa Rock n’ Roll, música alternativa da melhor qualidade.
E o evento vem com tudo, trazendo grandes expoentes da música autoral fora do eixo nacional. Aportam na cidade as bandas Inocentes, Capim Maluco, Ecos Falsos e Hierofante Púrpura, de São Paulo, Snorks e Inimitáveis, de Cuiabá, Brown Há e Móveis Coloniais de Acaju, de Brasília, Wolf Attack, do Paraná, e os anfitriões Facas Voadoras, Bando do Velho Jack, Bêbados Habilidosos, Olho de Gato, Dimitri Pellz, Jennifer Magnética, Parkers, Curimba, Louva Dub, Trashed, Repúdio CxGx, Gobstopper, Link Off, Midnight Purple e Santo de Casa.
O público se deliciará e, para não se contrapor ao título do festival, se incendiará em dois dias no fim de semana sul-mato-grossense, com direito a tudo que se tem nos maiores festivais nacionais.
O Bigorna conta com o apoio da Fundac – Fundação Municipal de Cultura, Rubik’s Camisetas, Associação Vaca Azul, Palheta Produções, Prefeitura de Campo Grande, Toca Bar, O Circo Pegando Fogo Camisetas, Cine Cultura e do Fora do Eixo.
Assista aí à vinheta da Edição 2009 do Fogo no Cerrado: